LUAN! OH NÃO, NÃO PODE SER, NÃO HOJE! Estou diante do homem que mais marcou a minha vida, ele tá debilitado, inconsciente em cima de uma maca e eu estou no meu melhor personagem, eu estou de MÉDICA, e é isso que irei fazer, me agarrar neste caso, no caso "Luan".
Enquanto fui pra perto da maca que foi retirada da ambulância, ouvi o Lucas exclamar atrás de mim : "Luan, não acredito!" enquanto os enfermeiros empurravam a maca pra dentro do hospital, notei outra ambulância logo atrás e enquanto eu fui com os enfermeiros pra dentro pude ver a outra equipe saindo com uma maca dela, o baixinho testudo que eu vi na balada, ele tava acordado, parecia estar bem.
-o que aconteceu? ~perguntei aos enfermeiros~
-eles foram atingidos por um outro carro em alta velocidade, parece que ele foi o mais afetado por estar do lado que o outro carro colidiu.
-ok, batimentos cardíacos?
-alterados. ~DROGA!~
-respiração?
-ok.
-pro meu consultório, preparem a UTI, eu quero o desfibrilador preparado caso eu precise dele, monitor cardíaco agora no meu consultório, eu quero a UTI em dentro de 10 minutos.
-sim senhora.
Quatro enfermeiros saíram pra organizar o que eu pedi e dois enfermeiros e as duas que me aguardavam na entrada seguiram comigo pro elevador, enquanto as enfermeiras faziam os trabalhos delas, verificavam soro, eu verificava a dilatação nos olhos do Luan com o auxilio de uma mine lanterna que ficava no bolso do meu jaleco, chegamos no andar do meu consultório.
(...)
Já no meu consultório eu estava tentando entender o que tinha acontecido com o Luan,não o levei pra UTI, ele estava consciente e estava desacordado devido o medicamento aplicado ainda dentro da ambulância, liberei a entrada de sua família que tinham acabado de chegar de Londrina, vieram assim que ficaram sabendo do ocorrido, o Lucas estava na sala de espera junto com algumas pessoas da equipe do Luan.
-Dr° Sophia, muito obrigada por tudo que você tá fazendo pelo meu menino.
-que isso D. Marizete, eu tô fazendo o meu trabalho, não seria justo depois de anos estudando juntos deixar o Luan, não é mesmo ?
-desculpa, anos estudando juntos? ~a Bruna me interrompeu~
-pois é Bruna, quem diria não é mesmo?
-eu não tô entendendo nada. ~Amarildo se pronunciou~
-Sophia, gente, Sophia Arcanjo de Londrina. ~sorri~
-não acredito, a Sônia me falou que você tava trabalhando aqui, na hora da agonia nem me dei conta.
-eu entendo, agora deixa só eu dá uma conferida no Luan, pra mandarmos ele pro quarto.
-tudo bem.
Eles me deixaram continuar o meu trabalho, verifiquei os batimentos cardíacos e notei uma alteração. NÃO! Conferi outra vez a dilatação dos seus olhos, sempre tentando manter a calma pra não deixar que os familiares percebessem que tinha algo de errado, mas foi impossível os manter calmos.
Quando eu tava aferindo a pressão o que eu mais temia aconteceu, o monitor cardíaco apitou. PARADA CARDÍACA NÃO!
-Desfibrilador, agora.
-MEU FILHO! ~ouvi a Marizete gritando~
-tirem eles daqui. ~os enfermeiros tentavam mas Marizete "lutava" contra eles, Amarildo estava controlado pra poder ajudar a mulher, a Bruna estava estática o que tava me deixando assustada, uma garota em estado de choque agora não seria legal, nem um pouco~agora, tirem eles daqui, eu não quero que eles sejam obrigados à assistir isso, tirem eles daqui! ~com muito custo eles tiraram eles de lá, mas notei que Bruna chorava observando tudo do janelão que tinha no consultório~ - AGORA! ~gritei e dei a primeira descarga da corrente elétrica sobre o seu peito nu, nada.~De novo, agora! ~nada outra vez.ANDA LUAN ACORDA! Eu pedia mentalmente~De novo, 360, AGORA!
-doutora, é muito arriscado.
-360, agora.
Dei a descarga, sabia que o nível máximo seria arriscado pro Luan, mas eu realmente precisava tentar tudo que tivesse ao meu alcance, dei a descarga elétrica com o coração na mão. EU NÃO POSSO TE PERDER LUAN!
-o paciente voltou doutora.
-graças à Deus! ~sussurrei~ Preparem a UTI, vamos induzir o coma, não quero arriscar uma doença no cérebro e muito menos outra parada cardíaca.
-ok doutora.
Sai da sala, eu precisava respirar, deixei as enfermeiras fazendo os trabalhos delas e fui fala com os familiares, a Bruna não estava mas no corredor, de certo tava junto com os pais.
-Doutora, cadê o meu menino? ~Marizete que tava sendo amparada no colo de Amarildo, se levantou assim que me viu~
-ele tá bem, nós conseguimos reverter o caso, o coração dele voltou.
-graças a Deus! ~todos disseram~
-gente,ele foi induzido ao coma.
-coma?~Amarildo perguntou espantado~
-não pode ser! ~dessa vez foi a Marizete~
- ele tá com o organismo fraco e nós temos que evitar um dano cerebral o que seria bem pior.
-como será o procedimento ? ~perguntou uma mulher, provavelmente a assessora do Luan, ela tava com uma agenda da mão, um tablet e dois celulares~
-bom, Doutora Sophia Arcanjo, prazer.
-desculpa eu não me apresentei, Arleyde Caldi, assessora de imprensa do Luan.
-Tudo bem, então Arleyde será aplicada uma dose de hidropirimidina que causara o coma e deixaremos que volte.
-uma dose?
-isso, dose única, dependendo do seu organismo ele voltará em no duas semanas.
-duas semanas?
-no máximo, no mínimo dependerá apenas dele, ele é novo, prática exercícios e sairá logo dessa.
-Obrigada doutora.
-de nada gente, agora eu preciso voltar pra lá vamos encaminha-lo pra UTI pra garantir a estabilidade em seu caso e monitorar todo o seu organismo, você já pode ir pra casa se quiserem.
-não doutora eu quero ficar aqui.
-tudo bem então eu vou pedir pra levarem você pra um lugar mais confortável, amor você pode vim aqui comigo por favor ? ~falei pro Lucas e todos olharam espantados.~Gente, desculpa eu acho que não mencionei, o Lucas é meu namorado. ~Bruna olhou pra mim e eu pude notar o espanto em seu olhar, não dei bola~
-claro. ~Lucas levantou e me deu a mão~
-gente eu preciso ir agora quando acabar eu venho trazer noticias. ~todos assentiram e eu me afastei pra conversar com o Lucas. ~
Hey babys, hoje postei mais cedo. Mas fiquei triste que o capítulo anterior não teve comentários :(.
Posto outro se houver mais de 5 comentários. Beijoss
Isabella Lopes