74°Capitulo

O tempo é o nosso maior inimigo, ou não, o tempo não esperou e passou voando, o tratamento da Hagata foi muito bem sucedido e em quatro meses ela já não apresentava nenhum vestígio do refluxo... Estou morando aqui n mesmo condominio em São paulo, junto com meus pais, há cinco meses atrás resolvi desocupar a casa e deixa-la pro Guga que sempre fez de tudo pra nos ver bem e agora que estar namorando outra vez não vi motivos pra brigarmos pela casa, meu relacionamento com o Luan está cada vez mais perfeito, claro que rigamos vez ou outra mas se não brigassemos não seriamos um casal de verdade, não é mesmo?
Um ano se passou e hoje é o meu aniversário, resolvi que ão faria festa mesmo a Bruna - que agora estar mais próxima que nunca- insistindo pra que eu fizesse uma festa, fossemos em uma boate ou sei lá, mas não dava tinha muitos compromissos pra hoje, a clinica continua sob posse minha e do Guga que tambem atende aqui, por incrível que pareça o Luan não tem ciúmes do fato de trabalharmos no mesmo lugar, ele até é amigo do Gustavo, devido os exames e acompanhamento médico da Hagata eles se conheceram e agora são bem amigos.

(...)

Na verdade eu tô bem irritada com o Luan, poxa já passam das três da tarde e ele nem ligou ainda... sei que parece estranho, mas poxa, hoje é meu aniversário, o que custa ele me ligar pra dar os parabéns, ele tá em turnê pelo nordeste e nem sei quando ele vem em casa, queria poder ouvir a voz dele me desejando parabéns.

-O que cê tem ein Sophia? - o Guga perguntava enquanto estavamos sentados numa lanchonete no mesmo prédio que é o nosso consultório, vinhemos almoçar.
-nada, porque?
-tá ai com uma cara nada legal, lá em cima achei que era fome porque a gente só pode vim almoçar agora, mas você nem tocou na comida.
-não é nada. -sorri e mordi meu salgado.
-eu te conheço bem Sophia, o que aconteceu ein?
-aconteceu que eu já recebi parabéns de todo mundo, a torto e adoidado -ele riu da minha fala caipira- menos do meu namorado. -fiz bico e ele riu.
-entendi tudo -ele riu-
-nem ri Guga, é sério, é meu aniversário poxa.
-eu sei que é teu aniversário Sô, mas deixa isso pra lá, come que a gente tem que trabalhar.
-tá ne. -fiz bico e voltei a comer.

depois do almoço, subimos de volta pro consultório e cada um foi pra sua sala, tinha mais quatro pacientes antes de largar e eu já tava estressada, triste, com saudades da minha filha que dormiu com a tia na casa dos pais do Luan, quanto o terceiro paciente entrou na sala o telefone tocou, pedi licença ao paciente e atendi, era a secretária do consultório.

-Doutora Sophia?
-Oi Carla.
-desculpa atrapalhar, sei que a paciente acabou de entrar mas tem uma ligação pra senhorita na linha dois.
-quem é?
-é a Bruna.
-pede pra ela me liar depois por favor?
-claro,como quiser.
-obrigada!

Desliguei o telefone e voltei a atender a futura mamãe que estava em minha frente, fizemos todos os exames possíveis a Carla bateu na porta e eu mandei que ela entrasse, ela apenas colocou o rosto dentro da sala e falou.

-ligação pra senhorita na linha dois, é a Karen e parece ser a Bruna também -ela fez careta- na verdade as duas estão aos berros no telefone, parecem eufóricas e querem falar com você. -ri da cara de confusa que ela fez.
-obrigada Carla, pode deixar que eu atendo.
-claro.

Ela saiu da Sala e eu atendi o telefone.

LIGAÇÃO ON

-Oi meninas.
-Oi Sophia - as duas disseram juntas.
-Cunha quando largar cê passa aqui pra pegar a Hagata, pode ser?
-ai Brubs cê não pode levar ela lá em casa pra mim não?
-que foi amiga? - a Karen se pronunciou.
-nada, só não tô lá com esse humor todo.
-que isso? crise do "tá ficando mais velhinha"?
-claro que não Karen e antes fosse isso.
-e o que foi então Cunha?
-nada demais Bruna, mas e a Hagata cê leva?
-não vai dar Cunha tenho umas pesquisas pra fazer da faculdade.
-então eu passo ai sim...
-obrigada Cunhada, agora vamos desligar que a Hagata que ir dar uma volta.
-cuidado ein? a Hagata ainda não pode abusar dos citricos.
-pode deixar mamãe coruja.
-sou mesmo, tá?! -elas riram.
-até mais tarde, beijo.
-beijo.

LIGAÇÃO OFF

Assim que desliguei o telefone liguei pra secretária e pedi pro próximo paciente entrar, fiz todos os exames e quando acabei não teria mais pacientes pela frente, apenas alguns exames pra dar uma olhada, documentos assinar e uns assuntos pendentes sobre algumas questões e maquinas novas e avançadas pra alguns tipos de exames, quando finalmente estava livre olhei no relógio, sete da noite. Um ótimo jeito pra acabar o dia do próprio aniversário. Resmunguei e revirei os olhos indo pro estacionamento.



Amores agora vai ser asssim, um dia sim e outro não com capitulos! Beijokas e até logo!